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Os rostos que apresentam a experiência amazônica na COP 30

  • Foto do escritor: Revista Cabanos
    Revista Cabanos
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura

Atualizado: há 4 dias

Por Karinne Lins


Com a chegada da COP 30 em Belém,  novos locais se abriram para receber visitantes e destacar o potencial econômico e cultural da região - e, com eles, surgiu também a demanda por pessoas capazes de apresentar a cara da Amazônia a partir de suas zonas, produtos e serviços.


Dentre esses locais está a En-Zone ou Entrepreneurship Zone - espaço de empreendedorismo organizado pelo Sebrae e localizado no Parque Urbano Porto Futuro - no centro da cidade. O ambiente reúne diversos produtos disponíveis para a venda, feitos a partir de matéria-prima da floresta - como óleos, sementes e frutas - e é voltado para impulsionar a bioeconomia e dar visibilidade aos pequenos negócios da região.


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Pessoas de diferentes bairros da cidade, em sua maioria jovens estudantes, foram convocadas com o objetivo de expor a economia sustentável do norte para o mundo. De estande em estande, eles se revezam nas vendas e apresentam ao público bebidas, chocolates, biscoitos, artesanatos, biojoias e cosméticos produzidos por marcas locais.


Imagens da En-Zone. Fotos: Karinne Lins


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Equipe do Brasil Biomarket na exposição dos produtos na En-zone. Foto: André Gomes.


Um dos participantes, Edgar Augusto, de 20 anos, é estudante de Sistemas de Informação. Ele conta que a experiência com a venda desses produtos tem sido bastante interessante, não só por ter a oportunidade de conversar com diversas pessoas e produtores regionais, mas também por ter aprendido mais sobre os itens e de onde eles são derivados.

 

Já André Gomes, estudante de Ciências Contábeis, comenta que já conhecia grande parte dos produtos e ficou animado com a ideia de apresentar, especialmente, os artesanatos de miriti feitos por artesãos  paraenses. “Um dos produtos que mais me chamou atenção foi um quadro com nove peças de miriti que apresentam várias características da nossa região, que é simples, mas é lindo”, diz o jovem.


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A experiência surgiu como uma oportunidade que, além de oferecer treinamento e uma bolsa diária, permitiu que os convocados tivessem contato com pessoas de todo o planeta, ou seja, colocassem em prática outros idiomas e escutassem diversas histórias, arriscando algumas palavras em inglês ou improvisando no espanhol.


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Estande de bebidas e especiarias.

Foto: Karinne Lins


Edgar revela que nunca fez curso de inglês e que essa foi a primeira oportunidade para treinar o básico que havia aprendido por meio de jogos e séries. “Olha, eu não vou mentir…nunca estudei inglês e ‘fácil’ é uma palavra muito forte, mas acho que estou conseguindo me comunicar. Eu já vendi alguns produtos, eu já conversei e já conheci muitas pessoas, inclusive paquistaneses, finlandeses, indianos, então tá sendo uma experiência muito legal, muito única”.


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Edgar com avental do Brasil Biomarket em seu estande de bebidas e alimentos.  Foto: Karinne Lins


Algumas situações inusitadas podem acontecer e momentos marcantes são vividos na En-Zone. André lembra de uma ocasião em que precisou improvisar: “Um boneco de crochê do Curupira chamou a atenção de um casal holandês e eu fui atender eles. Eu queria explicar o porquê do cabelo do Curupira pegar fogo, mas tinha esquecido e tive que enrolar.”, conta entre risadas. Além disso, ele complementa que tem conversado com vários clientes, escutado diferentes histórias e que isso está agregando bastante na sua bagagem cultural. “Sem dúvidas a interação que mais me marcou foi quando eu conversei com um argentino por um tempão. Teve uma troca, não só de informações, mas também de cultura”.


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André e outro participante, Sávio Roberto, em seus respectivos estandes. Foto: Karinne Lins


A vivência na En-Zone abriu espaço para que os participantes pudessem aprender mais sobre o próprio território onde vivem, suas matérias-primas e a potência que é a Amazônia enxergada pelos olhos de quem vem de fora. “Você fica surpreso com o interesse deles (pessoas de outros países) em ver algo novo e a forma como eles apreciam tudo o que é daqui. É uma coisa maravilhosa ", destaca André. Entre vendas, conversas e histórias, esses momentos passam a fazer parte da formação deles, não apenas como pessoas, mas como amazônidas.



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